segunda-feira, 11 de julho de 2016

Teimosa

Subi as escadas da folia
Cai rápido
Nas graças da teimosia
Cheguei ao topo
De onde ninguém co seguia
Desci o morro
Na cara de pau de quem dizia
Não e eterna essa alegria
Mas é mais forte a minha teimosia
De seguir a ansiedade por onde ela for
Mesmo que depois ela me traga dor.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Cabo de Guerra

Você não tem ideia do quanto eu relevo
a ti me entrego
Me confesso e me completo
Mas você não retribui como eu gostaria
nada releva, sequer paciência teria.
Conheci um e hoje é outro,
pelo falecido choro, e pelo nascido imploro
para que ressuscite meu velho amor.
Te tornaste o que eu não queria
Ou então, conheci um lado seu que eu não conhecia
Você já viu todo meu sofrimento sobre isso
Disse que retornaria,
Mas durou dias, e o outro, novamente, assumiria.
Por favor, o que faço agora?
Já tentei de tudo
E o que me resta é um resto de nada,
não dá pra nada,
não sou mais nada,
Calo-me para não ser mais desamparada,
Para amparar-me sozinha e pensar no que devo fazer.
Não se preocupe,

Por enquanto, não vou desistir de você.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Esperanças bebíveis.

Uma pessoa viu-me abatida
Em um bar, junto à bebida
Curiosa, enquanto eu aflita
A pessoa para alguém
aponta-me o indicador e pergunta
"Quem é aquela ali que está sentida?"
Como resposta
"A pessoa mais inteligente que conheci"
Escutando de longe percebi
Que pelo menos sou inteligente
A ponto de saber onde caio nas minhas derrotas
A ponto de entender que sou um fracasso, não tenho vitorias
A ponto de perceber que atraso todos na minha volta.
A ponto de desistir e burra o suficiente para insistir
Que não mereço mais que sofrimento
Quieta em um canto
Com um copo cheio
De esperanças
bebíveis e intorpecedoras
Acompanhadas de petiscos
De tempos perdidos
Com gotas que vou chamar de limão
Mas na verdade são lágrimas.
No final vou pedir a conta,
E vou perceber que perdi
Muito tempo me lamentando
Tanto quanto me esforçando.

Percebendo que mesmo assim
Não poderia ser mais.