sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

inanimada

O que escrever se nada se sente? 
Uma palha não se move e nada fica diferente. 
Uma vida inteira para escrever, 
mas as palavras abreviam-se tanto, 
que não se tem o que dizer. 
Sem mais, nem menos. 
Queria um poema estranho ao menos.
Queria ter sentimentos irritados, estressados, brabos, adoçados, apaixonados e viajados. 
Como se eu fosse uma drogada em busca de uma filosofia irrefutável. 
E escrever o que a vida significa.
Isso me deixa uma simples pessoa maldita.
Cadê meu animo? 
Meu escrever? 
Eu sei que você aqui ainda habita. 
Grita! Grita!!